Matemática Discreta Unidade D – Relações e Funções
Função injetora
Uma função f:AB é injetora se quaisquer dois elementos distintos de A, sempre possuem imagens distintas em B, isto é,
se x1x2 em A
f(x1)
f(x2) em B
ou de forma equivalente, f(x1)=f(x2) em B x1=x2 em A
Nos exemplos a seguir, considere o conjunto dos números reais.
Função sobrejetora
Uma função f: AB é sobrejetora, se todo elemento de B é imagem de pelo menos um elemento de A.
Desta forma, para todo y em B, existe x em A tal que y=f(x), isto é, Im(f)=B.
No diagrama a seguir, f: AB é sobrejetora, mas não injetora.
Diagrama de Função Sobrejetora
Exemplos:
a) A função f: definida por f(x)=3x+2 é sobrejetora, pois todo número real é imagem de algum número real pela função f.
b) A função f:
definida por f(x)=x² é sobrejetora, pois todo elemento pertencente a
é imagem de pelo menos um elemento de
pela função.
Observação:
Note que:
4 é imagem de -2 e 2 pois f(-2)=(-2)2=4 e f(2)=22=4.
1 é imagem de –1 e 1 pois f(-1)=f(1)=1.
c) A função f:
definida por f(x)=x² não é sobrejetora, pois se considerarmos um número y<0, não encontraremos x tal que f(x)=y.
Função bijetora
Uma função f: AB é bijetora se f for, simultaneamente, injetora e sobrejetora. Quando isto ocorre, dizemos que há uma correspondência biunívoca entre A e B.
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Exemplo
a) A função f: dada por f(x)=2x é bijetora, pois é injetora e sobrejetora.
b) A função f:
definida por f(x)=x² não é bijetora, pois embora seja sobrejetora, ela não é injetora.
-33 mas f(3)=f(-3)=9.
Função composta
Dadas as funções f: AB e g: B
C, a composta de f com g, denotada por gof, é a função definida por (gof)(x)=g(f(x)).
A composta gof pode ser lida como "g bola f".
Exemplo: Sejam as funções reais definidas por f(x)=4x+2 e g(x)=7x-4. As composições fog e gof são possíveis e neste caso serão definidas por:
(fog)(x) = f(g(x)) = f(7x-4) = 4(7x-4)+2 = 28x-14
(gof)(x) = g(f(x)) = g(4x+2) = 7(4x+2)-4 = 28x+10
Observação: Em geral, fog é diferente de gof.
Exemplo: Consideremos as funções reais definidas por f(x) = x²+1 e g(x) = 2x-4. Então:
(fog)(x) = f(g(x)) = f(2x-4) = (2x-4)²+1 = 4x²-16x+17
(gof)(x) = g(f(x)) = g(x²+1) = 2(x²+1)-4 = 2x²-2
Função inversa
Dada uma função bijetora f: AB, denomina-se função inversa de f à função g: B
A tal que se f(a)=b, então g(b)=a, quaisquer que sejam a em A e b em B.
Denotamos a função inversa de f por f -1.
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Esta característica algébrica permite afirmar que, os gráficos de f e de sua inversa f -1, são simétricos em relação à função identidade (y=x).
Exemplo:
Sejam A={1,2,3,4,5}, B={2,4,6,8,10} e a função f:AB definida por f(x)=2x e g:B
A definida por g(x)=x/2. Observemos nos gráficos as situações das setas indicativas das ações das funções.
Observação: g(x)=f -1(x)
Obtenção da inversa:
Seja f: , f(x)=x+3. Tomando y no lugar de f(x), temos y=x+3. Trocando x por y e y por x, temos, x=y+3
Isolando y obtemos y=x-3. Assim,
f -1(x) = x-3 é a função inversa de f(x)=x+3.
Observe que se f -1(x) = g(x), temos
g(f(x)) = g(x+3) = (x+3)- 3 = x e
f(g(x)) = f(x-3) = (x-3)+3 = x
Observando o gráfico a seguir, identificamos a simetria em relação à reta y=x (função identidade).
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f(x)=x+3 f -1(x)=x-3 Id: y=x |
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