Geometria lógica e física

Os discos rígidos modernos têm uma organização bastante parecida com a dos discos mais antigos, com menor capacidade. Veja Figura 5:


Figura 5 - Características de discos rígidos antigos e modernos

Os discos modernos têm capacidade bem elevada. Em 1980 eram comuns modelos de 5 ou 10 MB, em 1990 eram comuns modelos de 30 e 40 MB, e em 2000, os modelos de 10 a 20 GB eram os mais comuns. Uma grande diferença é o número de setores, que era constante em todas as trilhas dos modelos antigos (em geral 17, 25 ou 34 setores por trilha), enquanto nos discos modernos o número de setores por trilha é bem maior, chegando à casa das centenas nas trilhas mais externas. O número de trilhas em cada superfície, também é maior, graças a técnicas que permitiram aumentar a densidade de gravação. Duas características, entretanto são comuns nos discos antigos e nos modernos: O número de pratos permanece pequeno, assim como o número de cabeças. A maioria dos discos têm 2, 4, 6 ou 8 cabeças. Também, por uma questão de compatibilidade, cada setor do disco permanece com 512 bytes nos discos modernos, assim como ocorria nos discos antigos.

Quando o BIOS ou o sistema operacional precisa acessar os dados de um setor do disco, ele necessita informar o número da cabeça, o número do cilindro e o número do setor. Esse endereçamento seria, extremamente complexo se o BIOS e o sistema operacional tivessem que levar em conta que cada grupo de trilhas possui um número diferente de setores. Para simplificar as coisas, o disco rígido aceita ser endereçado como se todas as suas trilhas tivessem o mesmo número de setores. Ao receber o número da cabeça, cilindro e setor a ser acessado (endereço lógico), faz os cálculos que convertem esses valores para o número verdadeiro do setor interno (endereço físico).