Na Figura 5, estão indicados um próton nas proximidades de uma carga positiva (carga de prova) e um elétron nas proximidades da mesma carga de prova. Tanto o próton como o elétron atuam sobre a carga de prova positiva, ocasionando nela a mesma força elétrica, porém de sentidos contrários. A carga de prova, fica, então, submetida a mesma força elétrica, sendo que no primeiro caso ela tende a deslocar-se para a direita com certa velocidade. No segundo caso, a carga de prova tende a deslocar-se também com a mesma velocidade, porém para a esquerda. Disto deduz-se que as duas partículas elementares, o próton e o elétron, possuem a mesma quantidade de eletricidade (mesma carga elétrica), mas de sinais opostos. | ![]() |
A carga elétrica será representada pela letra q, sendo que sua unidade de medida (Sistema Internacional de Unidades) é o COULOMB (C). A quantidade de carga elétrica de um próton é igual, em módulo (valor numérico sem sinal), a quantidade de carga elétrica de um elétron (1,6.10-6C).
Você aprendeu que cargas elétricas de mesmo sinal se repelem e que cargas elétricas de sinais contrários se atraem. Como isto acontece quando os corpos carregados estão separados, tudo indica que existem campos de forças em torno das cargas e que os efeitos de atração ou repulsão resultam da interação entre esses campos. Estes campos são denominados de “CAMPOS ELÉTRICOS”.
Em condições normais, prótons e elétrons estão em correspondência biunívoca, isto é, a cada elétron corresponde um próton. Logo, num corpo nestas condições a carga elétrica será nula.
É importante salientar que para um corpo eleterizar-se é necessário que ele perca ou ganhe elétrons. Se isto ocorrer podemos afirmar que o referido corpo está “eletrizado” ou “carregado “eletricamente”.
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“PARA UM CORPO NEUTRO ELETRIZAR-SE É NECESSÁRIO QUE ELE PERCA OU GANHE ELÉTRONS”. | ||
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Na Figura 6, estão representadas três situações distintas. Na primeira, percebe-se que o número de prótons é igual ao número de elétrons, ou seja, o corpo está neutro. Podemos afirmar que o corpo não está eletrizado, pois ele é constituído de átomos eletricamente neutros.
Vamos admitir que a barra neutra da primeira situação tenha ganho alguns elétrons. Os átomos que receberam estes elétrons eletrizam-se negativamente. Cada átomo eletrizado negativamente constitui-se num “íon negativo” , que é mais conhecido pelo nome de “ÂNION” (segunda situação) .
Na terceira situação, nota-se que a barra perdeu vários elétrons passando a predominar a quantidade de prótons. Cada átomo que se eletrizou positivamente constitui-se num "íon positivo” , que é chamado de“CÁTION” .
O processo de ganhar ou perder elétrons em um átomo é chamado de“ionização” (conforme Figura 7).
Devemos salientar que um corpo neutro (por exemplo, um pente) quando ganha ou perde elétrons fica carregado eletricamente, isto é, há uma eletrização. Ao analisar um átomo deste pente, podemos afirmar que ele se ionizou, assim sendo, houve ionização .
Conforme o observado anteriormente, podemos deduzir que cargas elétricas não podem ser criadas nem destruídas. Como as cargas podem ser apenas transferidas, percebemos que um corpo neutro jamais será eletrizado se ele ficar totalmente isolado. Pelo mesmo raciocínio, concluímos também que a carga elétrica de um corpo isolado é sempre a mesma, ou seja, se um determinado corpo possui uma carga (+) q = 25C e se o mesmo está isolado, sua carga elétrica será sempre positiva, valendo 25 coulombs.